Para espanto de todos, o corpo da mãe havia transformado seu filho numa espécie de pedra.
Na época Zahra sentiu as dores procurou um hospital, mas fugiu ao ver outra mulher morrer na mesa de cirurgia durante uma cesárea. Inexplicavelmente, ela parou de sentir dores. Ela e os familiares acreditavam num mito local do “bebê dormindo”, que pregava que um feto poderia ficar hibernando dentro da barriga da mãe por um tempo indeterminado.
Em 2011, 56 anos depois, a mulher já com 75 anos de idade começou a sentir as dores novamente e no hospital os exames detectaram que ela havia passado por uma gravidez ectópca (onde o bebê se desenvolve fora do útero da mãe). O corpo do neném havia se fundido com os órgãos internos e para se proteger da infecção o corpo desenvolveu uma camada de material calcificado em torno do bebê morto.
A cirurgia para tirar o feto calcificado foi bastante delicada, pois ao longo das décadas o feto havia se integrado com a parede abdominal mas os cirurgiões conseguiram resolver o problema com o auxílio de tomografias e ressonâncias. Sem esses dados, os médicos poderiam ter errado o local e causado uma hemorragia interna, matando Zahra. Há registros de 300 casos parecidos. O bebê dessa marroquina ganhou destaque por ter passado tanto tempo no interior na mãe.